NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL, O QUE A IA NÃO PODE FAZER?

Por mais que esta tecnologia esteja a revolucionar o sector, há coisas que simplesmente não consegue fazer

Hoje em dia, quem não ouviu falar de Inteligência Artificial (IA) parece que está a viver noutro planeta. Ela está em todo lado: ajuda-nos a escrever relatórios, a organizar dados, a criar conteúdos visuais e até a planear campanhas. Sim, a IA veio para facilitar e muito, a vida de quem trabalha com comunicação. Ela é rápida, eficiente e, muitas vezes, surpreendente. Mas atenção: por mais que esta tecnologia esteja a revolucionar o sector, há coisas que simplesmente não consegue fazer. E é aí onde entra o factor humano: aquele toque que só uma boa agência de comunicação ou um profissional qualificado pode garantir.

A IA tem vantagens inegáveis

Vamos por partes: a IA tem vantagens inegáveis. Com poucos cliques, ela gera textos, analisa métricas, responde a e-mails, sugere ideias e até cria slogans. Para quem trabalha em comunicação organizacional, isso significa mais produtividade e menos tarefas repetitivas. Já imaginou ter um assistente 24/7 que nunca se cansa? Pois bem, é mais ou menos isso. Além disso, a IA permite uma análise de dados muito mais profunda, ajudando a entender o comportamento do público e a antecipar tendências. É como se tivesse uma bola de cristal, só que com base em dados reais.

Nem tudo são flores

No entanto, nem tudo são flores. A IA pode ser muito boa a “fazer”, mas não tão boa a “sentir”. E a comunicação, sobretudo quando falamos em marcas, reputações e relações com o público, exige sensibilidade, contexto e exige também saber o que dizer, como dizer, quando dizer e o mais importante: porquê dizer. E isso, a máquina ainda não aprendeu!

A IA não substitui o humano

Vamos ser claros: a IA não substitui empatia, criatividade com propósito, conhecimento cultural, interpretação política e social. Uma campanha institucional que ignora o contexto local, as nuances culturais e o sentimento das pessoas, pode facilmente tornar-se um desastre. É aqui onde entra o papel de agências e profissionais de comunicação experientes que sabem, por exemplo, como uma frase pode soar ofensiva numa determinada comunidade ou como adaptar uma mensagem para diferentes públicos sem perder a essência.

A IA trabalha com o que já existe

Outro ponto: a IA trabalha com o que já existe, ela aprende a partir de dados passados mas, a comunicação precisa muitas vezes de inovar, de sair da caixa, de criar o que nunca foi feito. E essa ousadia ainda é uma exclusividade do ser humano. Grandes campanhas que marcaram época nasceram da intuição, da escuta activa e da coragem de arriscar, qualidades essas que nenhuma máquina é capaz de replicar.

Não há Comunicação Organizacional sem Estratégia

E, convenhamos, não dá para falar de comunicação organizacional sem falar de estratégia. A IA pode até sugerir caminhos, mas quem toma as decisões estratégicas, quem define o tom de voz da organização, quem constrói relacionamentos e quem gere crises, continuam a ser pessoas de carne e osso.

Não confiar cegamente na IA

Por isso, o segredo está no equilíbrio, portanto, usar a IA como aliada, sim. Mas confiar cegamente nela, não. Porque no fim do dia, as marcas são feitas por pessoas e para pessoas. E comunicar é, antes de tudo, saber ouvir, interpretar e conectar. É aqui onde as agências de comunicação como a Vuka e os profissionais bem preparados fazem toda a diferença trazendo visão, sensibilidade e alinhamento com os valores e os objetivos de cada organização.

Em resumo, a IA é uma ferramenta poderosa, mas ainda está longe de substituir o valor do pensamento estratégico e da criatividade humana. Na comunicação organizacional, o que a IA não pode fazer... alguém tem que fazer. E esse alguém tem que saber o que está a fazer.